Blog

Reabilitação aliada a tratamento convencional garante mais funcionalidade ao paciente de esclerose múltipla

  • terça, 30 de agosto de 2022
  • ReCARE

Uma técnica para tratamento da esclerose múltipla tem sido alternativa para pacientes de esclerose múltipla com o objetivo de atenuar e prevenir o impacto dos sintomas e promover mais funcionalidade e qualidade de vida. Trata-se do suporte neuromuscular avançado, que por meio de um sistema de estimulação elétrica com doses personalizadas permite contração dos músculos de modo a aumentar o ganho de força e massa muscular do paciente, contribuindo para a recuperação funcional.

A esclerose múltipla é uma doença considerada autoimune, desmielinizante e progressiva que afeta o sistema nervoso central (cérebro e medula). Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas. “Cursa com uma gama de sinais e sintomas que devem ser acompanhados também por um médico neurologista especializado, com medicações direcionadas e com um suporte de reabilitação multidisciplinar”, explica a médica fisiatra, Sandra Tripodi, que utiliza essa técnica para recuperação mais ágil de pacientes em São Paulo. O equipamento utilizado faz tratamento, diagnóstico neuromuscular e monitorização de dados para acompanhamento de evolução do paciente. “A tecnologia permite ajuste da dose adequado para o tratamento e o acompanhamento por relatórios”, explica.

É o caso da biomédica Milena Borrasca, 26 anos, diagnosticada desde os 12 anos com esclerose múltipla. Em 2021, ela teve um surto que trouxe alguns impactos no seu dia a dia. Foi quando a Milena conheceu essas novas técnicas de reabilitação e há seis meses ela tem tido resultados animadores com o suporte neuromuscular. “Hoje eu faço um tratamento completo, com uso das medicações e a reabilitação neurológica, e que tem me ajudado a realizar atividades como dirigir, caminhar na rua por grandes trajetos e ter autoconfiança”, comemora.

Redução das sequelas

O equipamento, desenvolvido por pesquisadores brasileiros, estimula os pacientes com controle da densidade das correntes elétricas, como se a pessoa estivesse em uma academia de alta performance. “Utilizo como uma ferramenta para prevenir e tratar sequelas funcionais e trazer mais qualidade de vida a pacientes não somente da esclerose múltipla como de outras doenças do sistema nervoso, a exemplo Guillain-Barré”, conta Sandra Tripodi.